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segunda-feira, janeiro 24, 2011

“Neuro-quê?” – “NEUROFISIOLOGIA”

Eu procurava e não encontrava. Procurei um futuro no qual me sentisse feliz. No meio daquela lista de cursos que parecia não ter fim, apareceu aquele nome: Neurofisiologia. Pesquisei tudo o que consegui e percebi que era aquilo. Tentei e entrei.
- Entraste em quê?
- Neurofisiologia!
- Neuro-quê?
No início até percebi. Se eu mesma tive dificuldade em encontrar o curso, é natural que quem procure não conheça. Ainda por cima o curso esteve fechado durante tantos anos… Mas já estou no 3º ano de “Neuro-quê” e se tudo correr bem, irei ser TÉCNICA DE NEUROFISIOLOGIA durante muitos anos. Portanto, cabe-me também a mim divulgar.
Os Técnicos de Neurofisiologia pertencem ao grupo dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (TDT’s).
A profissão de Técnico de Neurofisiologia é exercida num contexto de trabalho multidisciplinar. O seu exercício ocorre geralmente inserido nos serviços de Neurofisiologia, Neurologia, Pediatria, Psiquiatria e Gastroenterologia. Em espaços tão diversos como: Bloco Operatório, Unidades de Cuidados Intensivos, Serviços de Urgência (SU), Unidades de Neonatalogia, Laboratórios de Neurofisiologia, Enfermarias e domicílio dos pacientes (em caso de registos em ambulatório), entre outros.
Segundo a Classificação Nacional de Profissões (2006), o Técnico de Neurofisiologia
exerce funções inerentes ao registo da actividade bioeléctrica do sistema nervoso central e periférico, como meio de diagnóstico na área da neurofisiologia, com particular incidência nas patologias do foro neurológico: efectua registos da actividade bioeléctrica do sistema nervoso central, tais como electroencefalograma simples ou com poligrafia e com várias provas de activação no laboratório ou fora deste, monitorização electroencefalográfica prolongada, monitorização video/electroencefalograma, electroencefalograma com maping cerebral, registo poligráfico de sono diurno ou nocturno no laboratório e ambulatório com estadiamento de sono, utilizando técnicas convencionais ou compoturizadas; colabora na realização de monitorização intraoperatória (corticografia) com mapeamento e estimulação cortical, spect, teste tilt, teste wada, e outros testes que envolvam a actividade bioeléctrica cerebral, utilizando técnicas convencionais ou compoturizadas; efectua registos da actividade bioeléctrica do sistema nervoso periférico, nomeadamente potenciais evocados somatossensitivos, visuais e auditivos do tronco cerebral, velocidades de condução nervosa, utilizando técnicas convencionais ou compoturizadas; colabora na realização de electromiografia.”


Monitorização Prolongada / Vídeo-Electroencefalograma

Electromiografia

Electrocorticografia

Hoje em dia a área da Neurofisiologia começa a expandir-se para novas áreas como Urodinâmica, Perfusão Cerebral (Eco-Doppler) e Motilidade Digestiva. A ser de futuro permitida e após a realização de mais estudos, existe uma nova técnica de estimulação cerebral, a Estimulação Magnética Transcraniana, que pode vir a ser de grande importância na neuro-reabilitação e no tratamento de doenças tão frequentes como a Epilepsia, Doença de Parkinson e Depressão. Por outro lado, já existe um novo método terapêutico que “envolve a auto-aprendizagem, por parte do paciente, de como modificar a actividade das suas ondas cerebrais, de modo a que aumente a atenção, reduza a impulsividade e controlo os comportamentos hiperactivos”, o Neurofeedback.

Urodinâmica

Estudos de Perfusão Cerebral - Eco-doppler

Estimulação Magnética Transcraniana

Neurofeedback (Medibrain - Vila do Conde)

E agora também é de extrema importância que o nosso trabalho passe a ser feito apenas por nós, sobretudo para segurança dos próprios pacientes (que muitas vezes não fazem ideia do que são os TDT’s), e que o mesmo seja reconhecido. É essa a grande luta não só dos Técnicos de Neurofisiologia, mas de todos os TDT’s.
- Neuro-quê?
- NEUROFISIOLOGIA!

Ano novo, novas ideias!

Tenho desde já algum orgulho em anunciar que finalmente este blog vai andar para a frente, não apenas comigo, mas com mais pessoas daqui a diante.

Pessoas com perspectivas diferentes das minhas, ou mesmo cursos diferentes e conhecimentos em áreas que nem todos têm é o que se quer.

Desde já agradeço o desafio que a Patrícia aceitou da minha parte.

Bem vinda a equipa!
 

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